IGREJA HUMANA E DIVINA

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IGREJA HUMANA E DIVINA

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:: Igreja: Humana e Divina ::


                 D o m J o s é F r e i r e F a l c ã o


A Igreja está na história, mas, ao mesmo tempo, está acima da história. É somente com a visão da fé que podemos enxergar esta dupla realidade da Igreja, visível e invisível.

A Igreja, comunidade de fé, esperança e caridade, é: - uma sociedade provida de órgãos hierárquicos e, ao mesmo tempo, Corpo de Cristo; - uma assembléia visível e, também, uma comunidade espiritual; - Igreja terrestre, mas enriquecida de bens celestes.

O visível e o invisível na Igreja constituem uma única realidade complexa, na qual se fundem o elemento divino e o humano. A Igreja é humana, mas, ao mesmo tempo, divina. Presente no mundo, no entanto, peregrina nesta terra.

Mas, nela o humano é ordenado e subordinado ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, o presente à cidade futura, como ensino um texto conciliar (SC,2). Somente a fé pode acolher este mistério da Igreja. Mistério da união esponsal entre Cristo e sua Igreja. Mistério da própria Igreja.

Tudo nela tem por finalidade a comunhão dos homens com Deus pela caridade. Por isso, "sua estrutura se ordena integralmente à santidade dos membros do Corpo Místico de Cristo" (773), como ensina o Catecismo da Igreja Católica.

A Igreja é, ainda, sacramento universal da salvação, isto é, sinal e instrumento da comunhão com Deus e dos homens entre si. É sinal visível da realidade escondida da salvação. A Igreja contém e comunica a graça invisível que ela significa.

Assim, "os setes sacramentos são sinais e instrumentos pelos quais o Espírito Santo difunde a graça de Cristo, que é a Cabeça, na Igreja, que é seu Corpo" (Catecismo da Igreja Católica, 774).

O primeiro objetivo da Igreja é ser o sacramento da íntima união dos homens com Deus.

E porque a comunhão entre os homens está enraizada na união com Deus, a Igreja é sinal e instrumento da unidade do gênero humano.

A Igreja é, assim, "o projeto visível do amor de Deus pela humanidade" (GS 45,1), como fala o Concílio.