ANJOS REBELDES

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ANJOS REBELDES

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     :: Anjos rebeldes ::

            D o m J o s é F r e i r e F a l c ã o

Entre as criaturas de Deus há os anjos, seres sem corpo, puro espírito. A Escritura nos fala que uma parte dos anjos se rebelou contra Deus. "Rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino" (Catecismo da Igreja Católica). Porque os anjos são puro espírito, não podem voltar atrás em sua opção contra Deus. Sua opção é irrevogável.

O pecado dos anjos, por isso, não pode ser perdoado. Como dizia São João Damasceno: "Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe para os homens após a morte". A Escritura atesta a influência nefasta do demônio neste mundo. Jesus diz que é ele "homicida desde o princípio" (Jo 8,44). O demônio chegou, até mesmo, tentar desviar Jesus de sua missão de salvação do homem pela cruz.

Não podemos negar a existência do demônio. É um dado da fé cristã. Nem tampouco podemos desconhecer sua nefasta ação neste mundo. São João diz que o Filho de Deus se manifestou "para destruir as obras do Diabo" (1 Jo 3,9). E a mais grave obra do diabo foi o ter levado nossos primeiros pais a desobedecerem a Deus.

Todo o mal decorre daí.

Não só o pecado de origem, com que todos nós nascemos, mas nossos pecados atuais. A Constituição Conciliar Gaudium et Spes ensina: "O homem, estabelecido por Deus em estado de justiça desde o começo da história, seduzido pelo Maligno, abusou de sua liberdade para se levantar contra Deus e chegar sem ele a seu fim".

Mas, o poder do demônio não é infinito. Como diz o Catecismo da Igreja Católica: "Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus". Se o demônio, em seu ódio contra Deus e o Reino de Cristo, causa muitos danos nesta terra, danos espirituais e físicos, esta ação do Maligno só é possível, porque Deus em sua Providência permite.

Não deixa, contudo, de ser um grande mistério o fato de Deus permitir a atividade diabólica. É tão grande o mal que há neste mundo - o ódio cego, o terrorismo, a destruição de vidas humanas inocentes, o império da licenciosidade moral, a organização do mal - que é impossível não acreditar numa inteligência acima da inteligência humana, que estimula, promove e coordena o mal.

Contudo, não devemos atribuir todo o mal que há no coração humano e nas estruturas da sociedade diretamente ao demônio. Mas, igualmente, à inclinação para o mal que há na criatura humana.