O ESPIRITO SANTO

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O ESPIRITO SANTO

ESPI

O Espírito Santo, Dom do Pai


1.Jesus Cristo, sua grande promessa


1.1. A promessa do Espírito


1.2. A realização da promessa


1.3. Mas, afinal, quem é o Espírito Santo?


2. Os frutos do Espírito


2.1. A árvore e os frutos


2.2. Quais são os frutos do Espírito ?


2.3. Condições para preservar e produzir frutos


2.3.1. O ramo deve estar unido ao tronco

 

2.3.2. O ramo deve estar unido aos demais ramos da árvore


2.3.3. O ramo precisa de raízes


2.3.4 . O ramo precisa de água


2.3.5. O ramo precisa de ar e luz

 

1.Jesus Cristo, sua grande promessa


1.1. A promessa do Espírito


Era noite de quinta-feira e Jesus estava reunido com seus discípulos, ao redor de uma mesa. Tinha acabado de lavar os pés de seus amigos, num gesto–testamento: Ele disse: “Como eu sempre fiz, façam vocês também: sirvam uns aos outros!” (Jo 13,15). Depois, com enorme tristeza, Jesus anunciara que um deles iria traí-lo e que chegara a sua hora de glória e que estaria junto com eles por pouco tempo (Jo 13,31–33).

Ao mesmo tempo, ele buscou consolar a todos: “não se perturbe o vosso coração!” (Jo 14,1). Com aquelas palavras de Jesus os discípulos ficaram perturbados! Depois de três anos de profunda amizade com aquele amigo extraordinário, depois de ter deixado tudo para segui-lo, em busca de algo mais, não era nada fácil aceitar a idéia de sua morte!

E depois? Tudo ia acabar? Quem os ajudaria a continuar a obra que Jesus tinha começado?

Ainda existia tanta confusão na cabeça daqueles homens a respeito da pessoa e da mensagem de Jesus! Quem os orientaria? Jesus, amigo, conversa, consola e faz uma grande promessa: “Não fiquem tristes e preocupados! Confiem em Deus, confiem também em mim...

se vocês me amam de verdade, obedeçam os meus mandamentos. Então, eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Paráclito, para que permaneça sempre com vocês... Ele é o Espírito da verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê, nem o conhece. Vocês, porém, o conhecem, porque ele mora em vocês e vive em vocês... Eu não os deixarei órfãos, mas voltarei...

O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem de tudo o que lhes disse!” ( Jo 14,1–26). Em outra ocasião, logo antes da ascensão, Jesus confirmou esta promessa: “Esperem que se realize a promessa do Pai, da qual vocês já ouviram falar: dentro de poucos dias serão batizados com o Espírito Santo... O Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão força para serem minhas testemunhas até os extremos da terra!” (At 1,4– 8).

topo 1.2. A realização da promessa

 Com a sua morte e ressurreição, Jesus expande sobre o mundo o seu Espírito. Já no dia de Páscoa, ao se apresentar a seus discípulos, o Ressuscitado lhes dá seu Espírito (Jo 20,22). Há, porém, um acontecimento especial que manifesta publicamente o Dom de Cristo e o novo tempo do Espírito Santo. Foi no dia de Pentecostes, uma festa Judaica, cinqüenta dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado já tinha tirado definitivamente sua presença visível (ascensão) e seus discípulos estavam reunidos naquele mesmo salão onde Jesus tinha feito a grande promessa.

 Maria também estava lá com os amigos de seu Filho Jesus, esperando e invocando o Dom prometido. Caixa de texto: “De repente, veio do céu um ruído como de um vento que irrompe impetuoso. A casa onde estavam reunidos foi por ele preenchida. E ao mesmo tempo lhes apareceram como que línguas de fogo, que se dividiam e pousavam sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes dava o poder de exprimir-se”. (At 2,2–4 ).

Foi uma experiência fantástica, indescritível! O Espírito do Senhor foi para eles como o fogo que tudo purifica, abrasa, transforma, ilumina! Foi como o vento impetuoso que, com força, tudo impulsiona para frente! E aí estava o primeiro resultado da ação do Espírito: aquele grupo de gente simples e medrosa sai à praça para começar a missão que Jesus lhes tinha confiado, pregando a todos cheios de coragem e sabedoria. É que agora o Espírito de Cristo está com eles! É que agora têm amor no peito, muito amor para dar! E ainda tem mais!

 Naquela praça havia uma multidão de pessoas de diferentes nações e línguas: por obra do Espírito, todos entendem os apóstolos falarem em sua própria língua! E três mil deles aceitam a mensagem de Cristo e são batizados. É o nascimento da Igreja, novo Povo de Deus, onde não há distinções de raça ou nação, onde todos são irmãos. É o nascimento simbólico de uma nova humanidade, onde os homens, por obra do Espírito, começam a se entender, a falar a mesma “língua” (a linguagem do amor), a viver unidos conforme aquele projeto de Deus, do qual os homens tinham se afastado desde o começo da humanidade (ver a história simbólica da torre de Babel e da confusão das línguas

1.3. Mas, afinal, quem é o Espírito Santo?

Jesus diz claramente: o Espírito Santo é um outro (Jo 14,16). Alguém intimamente ligado com ele e com o Pai. É Deus como o Pai e o Filho. O Espírito Santo é a terceira divina pessoa da Santíssima Trindade. É o amor do Pai e do Filho que nos é comunicado. É o mesmo Espírito sempre presente na vida de Jesus.

É o Espírito Santo que transformou pobres homens em profetas, que fez a Virgem Maria ser mãe de Jesus, que impulsionou os apóstolos a serem intrépidos missionários de Cristo. É o Espírito Santo que leva a frente o Reino, a Salvação de Cristo: no mundo e em cada um de nós. É o Espírito Santo que faz nascer e crescer, que defende a pequena semente do Reino plantada por Jesus: a Igreja. É o Espírito Santo que nos torna “homens novos” no Batismo e na Crisma, que nos torna capazes de conhecer e amar Jesus Cristo para vivermos do jeito dele e como suas testemunhas no mundo. É o mesmo Espírito de Deus que mora em nós (1Cor 3,16), que nos impulsiona a sermos santos (não se espante, mas foi Jesus quem pediu isso: “Sejam santos, como santo é meu Pai que está no céu" ).

2. Os frutos do Espírito

2.1. A árvore e os frutos Uma vez Jesus contou esta parábola: “Certo homem havia plantado uma figueira em sua roça. Um dia, foi lá para colher figos, mas não encontrou. Então disse ao lavrador: Olhe! Hoje faz três anos que venho buscar figos nesta figueira, e não encontro nada! Corte-a! Ela só fica aí esgotando a terra! Mas, o lavrador respondeu: “Senhor, deixa a figueira mais um ano. Vou cavar em volta dela e pôr adubo. Quem sabe, no futuro, ela dará fruto. Se não der então a cortarás! (Lc 13,6-9).

 Outra vez Jesus usou uma outra comparação, bem parecida com a da figueira. Foi durante a última ceia, quando daquela conversa-testamento em que prometeu o Dom do Espírito. Jesus disse: “Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que não dá fruto em mim, o Pai cortará! Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês! Vocês não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim! Eu sou a videira e vocês os ramos. Quem fica unido a mim e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada.

Quem não fica unido a mim, será jogado fora, como um ramo seco que só serve para ser queimado! Vocês permanecerão em meu amor, se obedecerem aos meus mandamentos. O meu mandamento é este : amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês!...

Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. E eu os destinei para ir dar fruto e para que o fruto de vocês permaneça... Eu disse isso a vocês, para que minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa! “ ( Jo 15,1-17).

Podemos resumir assim esta belíssima comparação de Jesus: 

 · Um ramo unido ao tronco: alguém unido a Cristo;

· Um ramo unido aos demais ramos: um cristão que vive em comunidade;

· Quando alguém está unido ao tronco de Cristo e ‘a árvore da Igreja, hão de florescer, crescer e amadurecer nele muitos frutos: os frutos do Espírito de Cristo.

2.2. Quais são os frutos do Espírito ?

 Diz São Paulo na Carta aos Gálatas: “Vivam segundo o Espírito e, assim, não farão mais o que os instintos egoístas desejam. Porque os instintos egoístas têm desejos que são contra o Espírito. Vocês serão verdadeiramente livres!”

As obras dos instintos egoístas são bem conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ira, rivalidade , inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Os que fazem tais coisas não herdarão o Reino de Deus!

Mas, os frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, bondade , compreensão, fidelidade, mansidão, domínio de si.

Os que pertencem a Cristo, crucificam os instintos egoístas, junto com suas paixões e desejos. Se vivermos pelo Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito! (Gl 5,16-25 ). São Paulo não pretende fazer uma lista completa, nem dos vícios do homem egoísta, nem das virtudes do homem que se deixa dirigir pelo Espírito de Deus. Podemos, porém, re-agrupar estas virtudes citadas como fruto do Espírito, em quatro categorias: 

 · Liberdade e domínio de si - Manter - se livre dos instintos egoístas;

· Amor ao próximo – Algumas manifestações concretas são a paciência, a compreensão, a bondade, etc...

 · Alegria e paz – são os sinais da presença de Deus em nós; · Fidelidade e perseverança – na fé e nos compromissos assumidos.

São estes alguns dos frutos mais importantes que Cristo e a sua Igreja esperam de vocês confirmados pelo Dom do Espírito: liberdade, amor, alegria, fidelidade.

 SEJAM FIRMES, FIÉIS, PERSEVERANTES ! “

Corramos com perseverança na corrida que nos é proposta, mantendo os olhos fixos naquele que é o autor e o realizador de nossa fé: Jesus. Para que vocês não se cansem e não percam o ânimo, pensem atentamente em Jesus que suportou tudo, submetendo-se à cruz, mas venceu!” (HB 12,1-4). Pensem nos milhões de santos que lutaram e venceram! Pensem em tantos outros jovens cristãos que, como você, descobriram o “algo mais“ da vida e que, apesar de toda dificuldade, continuam firmes e fiéis na caminhada cristã.

 2.3. Condições para preservar e produzir frutos

Voltando à comparação da videira, não é suficiente o ramo querer dar fruto, é preciso que existam determinadas condições. Assim acontece em nossa vida de Cristão!

2.3.1. O ramo deve estar unido ao tronco

Assim, o cristão deve estar profundamente unido a Cristo: por meio da oração diária, constante e amorosa; por meio da leitura do evangelho; por meio do amor a Maria (ela é inseparável de seu Filho!).

2.3.2. O ramo deve estar unido aos demais ramos da árvore

Assim o cristão deve estar unido aos irmãos de sua comunidade .

 Ame sua Igreja, custe o que custar!

 Participe ativamente de uma comunidade concreta, de um grupo ou pastoral da Igreja. Um sinal indispensável para continuar unido a árvore da Igreja, é a participação fiel na missa dominical!

2.3.3. O ramo precisa de raízes

Assim, o cristão precisa da eucaristia, raiz e fonte de vida cristã e de perseverança.

“Eu sou o Pão da Vida: quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele...Quem come deste pão, viverá para sempre!” (Jo 6,56–58).

 É na comunhão com Cristo-Eucaristia, que ele renova em nós o Dom de seu Espírito, alimento e força indispensável para a nossa caminhada. 2.3.4 . O ramo precisa de água Assim, o cristão precisa de momentos especiais para reavivar sua fé e sua vida cristã.

 “Eu sou a água viva”, diz Jesus. Retiro espiritual, semanas de formação, cursos de aprofundamento, encontro de oração, etc., podem ser fontes de água viva.

 Outro momento (indispensável!) é o Sacramento da Penitência: água que purifica e que dá vida nova!

2.3.5. O ramo precisa de ar e luz

Assim, o cristão precisa estar constantemente em contato com a realidade que o rodeia, com os problemas e as lutas do povo, com o sofrimento dos pobres, com as esperanças e as angústias dos homens de hoje. O cristão não pode ser um alienado mas, sim, deve estar por dentro de tudo: para poder ser fermento na construção de um mundo mais justo e fraterno.

Este é o programa mínimo de vida espiritual para a perseverança de qualquer cristão que quer viver no Espírito de Cristo e dar muito fruto.