PROVÉRBIOS SOBRE COMIDA

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PROVÉRBIOS SOBRE COMIDA

COMIGDF

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À comida (1)

» Quem vende sardinha come galinha. » Do prato à boca, se perde a sopa. » O comer e o coçar vão do começar. » O apetite nasce à mesa. » A hora de comer é a mais pequenina. » Com unto e pão de milho, o caldo faz bom trilho. » O caldo é para os pobres. » Caldo sem pão só no inferno o dão. » Caldo de muitos é bem comido e mal mexido. » Quem come bem um dia não passa mal todo o ano. » Quem não se farta ao comer não se farta ao lamber. » Quem come até se fartar cedo vem a jejuar. » Quem come a carne que chupe os ossos. » Quem comeu não "ouga". » Quem arrota, bem almoça. » Quem arrota familota, quem suspira farto está. » Quem não é para comer também não é para trabalhar. » Morra Marta, morra farta. » Bem canta Marta depois de farta. » Bem está S. Pedro em Roma, se tem que comer. » Quem vai à boda leve que coma. » Quem longe vai à boda no caminho a deixa toda. » O almoço cedo cria carne e cebo. O almoço tarde, nem cebo nem carne. » Quem em casa alheia come, janta e ceia com fome. » Quem come à mesa alheia, mal janta e mal ceia. » Não custa jejuar depois de bem jantar. » Bem jejua quem mal come. 

 

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À comida(2)

» Quem merendas come, merendas deve. » Merenda comida, companhia desfeita. » A cobertura e a merenda nunca pesaram. » Quem se deita sem ceia, toda a noite rabeia. » Antes sem candeia do que sem ceia. » Comida gorda: testamento magro. » Comida fina em corpos grossos faz mal aos ossos. » Com papas e bolos se enganam os tolos. » Muito come o tolo, mas mais tolo é quem lho dá. » Ovo assado: meio ovo; ovo frito: ovo inteiro; ovo cozido: ovo e meio. » Para os ovos frigir, temos de os partir. Não se fazem omoletas sem ovos. » Não se fazem morcelas sem sangue. » Quem aos trinta come assada a lebre e cozida a perdiz, não sabe o que faz nem o que diz. » Se não queres engordar, come e bebe devagar. » O que não mata engorda. » Não há fome sem fartura. » A fome é de três dias. » A fome é negra. » A fome é má conselheira. » A fome não tem lei. » Quando há fome, não há pão mal feito. » Vale mais um farto do que dois famintos. » Ventre em jejum não ouve nenhum. » Barriga vazia não tem alegria. » Enquanto está por comer, chega para todos. » A ração não é para quem se talha: é para quem a come. » Guardado está o bocado para quem o há-de comer. » Comamos, bebamos e nunca ralhamos. 

 

Ao Vinho (1)

» Ao teu amigo e ao teu vizinho o teu melhor pão e o melhor vinho. » Quem tem bom vinho tem bons amigos. » Vinho e amigo, o mais antigo. » Vinho e medo descobrem o segredo. » Vinho doce bebe-se como se nada fosse. » Se queres o velho menino, dá-lhe doce e vinho. » Quem na sopa deita vinho de velho se faz menino. » Antes da sopa, molha-se a boca. » Ao meio da sopa, lava-se a boca. » Sopa acabada, boca molhada. » Se queres andar bem disposto, bebe vinho, mas não mosto. » Por cima de melão, vinho de tostão. » Por cima de pêras, vinho bebas e tanto bebas que nadem as pêras. » Ao figo água, à pêra vinho. » Pão com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos. » Nem vinho sem Cristo nascer nem laranja sem Cristo morrer. » Quem não gosta de vinho não gosta de Deus. » Quem vai à adega e não bebe é ronda que perde. » Meia vida é a candeia, e o vinho a outra meia. » Alho e vinho puro levam a porto seguro. » Alegrai-vos, tripas, que ai vem o vinho. » Nem Inverno sem capa nem Verão sem cabaça. » Nuns lados se põe o ramo e noutros se bebe o vinho. » Vinho e mouro são um tesouro. » Vinho e linho só são frios um bocadinho.

Ao Vinho (2)

» O vinho de Março fica no regaço, o de Abril vai ao barril, o de Maio é para o gaio. » Maio frio e Junho quente: bom pão e vinho valente. » Chuva por Santo Agostinho (24.5), é como se chovesse vinho. » Chuva pelo S. João (24.6) bebe o vinho e come o pão. » Até S. Pedro (29.6), tem o vinho medo. » Pelo S. Tiago (25.7), pinta o bago. » O S. Tiaguinho traz sempre o cabacinho. » Pelo S. Lourenço (10.8), vai à vinha e enche o lenço. » No dia de S. Martinho (11.11), fura-se o pipinho, mas quem for honrado já o deve ter furado. » Depois de S. Martinho, bebe o vinho e deixa a água para o moinho. » No dia de S. Martinho, assa as castanhas e molha-as com vinho. » Pelo S. Martinho, todo o mosto é bom vinho. » Leite e vinho fazem o velho menino. » Azeite de cima, vinho do meio, mel do fundo. » Vinho que baste, carne que farte. » Vinho pela cor, pão pelo sabor. » Mais pessoas se afogam no copo do que no mar. » Onde alhos há, vinho haverá. » Tonel mal lavado: vinho estragado. » Nunca ao bêbedo faltou vinho nem à fiandeira linho. » Bom vinho: má cabeça. » Conselho de vinho faz errar o caminho. » Foge do mau vizinho e do excesso de vinho. » Quem do vinho é amigo cedo está perdido. » Quem do vinho é amigo de si é inimigo. » Quem muito bebe tarde ou nunca paga o que deve. » Ninguém se embebeda com vinho da sua adega. » Quem de vinho fala sede tem. » Mel novo e vinho velho. » Nuns lados se põe o ramo e noutros se bebe o vinho.

Ao frutos

» Amêixoas e ameixoeiras Deus as tire das nossas leiras. » Ano de ameixas: ano de queixas. » As Castanhas apanham-se quando caem. » Do Cerejo ao castanho, bem me avenho. Do castanho ao cerejo, mal me vejo. » Favas, Maio as traz, Maio as leva. » Ano de Feijões, ano de pulgas. » Ano de Figo temporão, ano de pão. » Figo caído, para o senhorio; figo quedo, para mim. » Uns comem os figos, a outros rebenta-lhes a boca. » No tempo dos figos, não há amigos. » O figo, para ser bom, deve ter pescoço de enforcado, roupa de pobre e olho de viúva. » Tinha um figo para dar ao meu amigo, mas vi-o, comi-o. » A Laranja, de manhã, é oiro; à tarde, é prata; e, à noite, mata. » Vale mais uma laranja, em Janeiro, que maçã, de madureiro. » O Melão e a melancia só se conhecem depois de abertos. » São mais as Nozes do que as vozes. » Dá Deus as nozes a quem não tem dentes. » Em ano de nozes, prepara a lenha para o Inverno. » De pequenino, se torce o Pepino. » Com teu amo não jogues as Pêras: ele come as maduras e dá-te as verdes. » Muita parra e pouca Uva. 

 

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Ao pão

» Pão pela cor, vinho pelo sabor. » Pão que veja, vinho que salte, queijo que chore. » Pão que sobre, carne que baste, vinho que falte. » Por carne, vinho e pão, deixa tudo o que te dão. » Pão de centeio, melhor no ventre que no seio. » Pão do vizinho tira o fastio. » Pão de taberna não farta nem governa. » Fraca é a padeira que diz mal do seu pão. » Com pão, baila o cão se lho dão. » Com pão e vinho, anda caminho. » Não há mau pão com boa fome. » Quando há fome, não há pão mal feito. » Saboroso é o pão duro, quando não há mais nenhum. » Vale mais pão duro que figo maduro. » Vale mais pão duro que nenhum. » Vale mais um pão com Deus que dois com o diabo. » Vale mais pão hoje que galinha amanhã. » Caldo sem pão só no inferno o dão. » Lágrimas com pão ligeiras são. » Quem dá o pão dá a criação. » Quem dá o pão dá o pau. » Quem quer o filho ladrão tira-lhe o pão. » Fidalgo sem pão é vilão. » De mau grão, mau pão. » Em ano de pão, guarda pão. » Onde há pão, há ratos. » Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. » Nem mesa sem pão, nem exército sem capitão. » Fraca é a mesa que não deixa migalhas. » Migalhas também é pão. 

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À água » Água de nevão dá muito pão. » Água de trovão, nuns lados, dá, noutros, não. » Água mole, em pedra dura, tanto dá até que a fura. » A água faz desabar as paredes. » A água silenciosa é a mais perigosa. » A água corre sempre para o mais baixo. » A água é boa para lavar os pés. » A água faz criar rãs na barriga. » Água corrente não faz mal à gente. » Água corrente esterco não consente. » Água fervida tem mão na vida. » Água detida faz mal à vida. » Água parada: água estragada. » Águas passadas não moem moinhos. » Água o deu, água o levou. » Ficou tudo em águas de bacalhau. » Ninguém diga: desta água não beberei. » Presunção e água benta: cada qual toma a que quer. » A água tudo lava, menos as más línguas. » Água de Janeiro mata o onzeneiro » Água de Fevereiro vale muito dinheiro. » No dia de S. Vicente, toda a água é quente. » Água na Ascensão, das palhas faz grão. » Água de Agosto: açafrão, mel e mosto. » Água, da serra; sombra, da pedra. » Água sem cor, sem cheiro e sem sabor 

 

LITERATURA POPULAR / TRADICIONAL 

 

Provérbios e expressões sobre a água

 

 » Setembro ou seca as fontes ou leva as pontes. »

 

Tantas vezes vai o cantarinho ao poço até que lá fica o pescoço (Vila Real de Santo António); tantas vezes vai a cantarinha ao poço até que lá fica o bescoço (Mexilhoeira); tantas vezes vai o cântaro á fonte que lá fica a asa (lugar de Santa Maria de Seia, concelho de Seia); tantas vezes vai o cantarinho à fonte até que se quebra (Florilégio, de B.Pereira p.122); tanta vez vai o cântaro à bica que lá fica (Columbeira). » Águas passadas não movem moinhos. » O falar é leve e o mar é de água. » Livrar a água do capote. » Ir tudo por água a baixo. » Vai na água da cal (Oscar de Pratt, Locuções Petrificadas, coluna 113). » Águas vivas (EP, III, terra de Miranda). Paulo Caratão Soromenho, no seu trabalho O Mar na Língua Portuguesa, reuniu as seguintes expressões referentes a água: » Água mole em pedra dura tanto dá até que fura. » Não passar da (andar à) tona da água. » Antes do mar, as águas. » Deixar passar o aguaceiro. » Quem ceia vinho almoça água (Elvas; informação de António Tomás Pires). » Quem se lava logo pela manhã dá uma pofetada (= bofetada) no Pecado1 (Elvas; informação de A.T.P). » Quem não poupa água nem lenha não poupa nada que tenha. » «Ninguém lhe deitava água às mãos em fazer arroz doce» (Teixeira de Vasconcelos, O Prato de Arroz Doce, Colecção Secreta, I, 41). » Pescar em águas turvas. » Levar a água ao seu moinho (ou ao mar). » Quem vê o céu na água vê os peixes nas árvores. » Viver (ou estar) como peixe na água. » Na água funda está o melhor peixe. » Tempestade num copo de água. » Uma gota de água no oceano. » Desta água não beberei. » Névoa ao alto, água em baixo. » A água dos rios corre para o mar. » Seguir nas águas de outrem. » Crescer água na boca. » Estar com a carrinha na água. » Meter água » Água em cestinho, amor de menino. » Dar com os burrinhos na água. » Andar com a proa debaixo de água. » Ficar tudo em águas de bacalhau. » Carga de água. » Ir beber água ao rato. » Se tens vento e depois água, deixa andar que não faz mágoa. » Dar água pela barba. » Água vai! … » Ser de águas mornas. » Levar água no bico. » Marinheiro de água doce. » Contra água e vento não há remos. 1 - Isto é, no Diabo.