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BEBEDDD

Deus descansou. E nós?                                         

 

 

Deus nos dá este mundo para que vivamos numa solidariedade geradora de paz. “No sétimo dia, Deus concluiu toda obra que tinha feito; e no sétimo dia repousou de toda obra que fizera” (Gn 2,2ª). Este dia, o sétimo, reveste-se de grande importância no contexto do primeiro relato da criação, pois nele, Deus “concluiu” a sua criação.

 

Desta forma, é no dia chamado de sábado e através dele, que o homem e a mulher vão reconhecer a realidade na qual vivem e percebe-se criação de Deus”. (texto base da campanha da fraternidade/2011 –nº 119). “Então podemos nos interrogar: o que Deus acrescentou com o descanso às obras da Criação, se já havia concluído no sexto dia? O que ainda faltava para a criação, se já se encontrava acabada?

A resposta é o próprio descanso, do qual emergem a bênção e a santificação do sétimo dia, ou seja, deus conclui a criação com a sua bênção. É do repouso de Deus que emergem a bênção a santificação do sábado. A obra da criação tem sua conclusão com o descanso do Criador. O Deus que descansa no sétimo dia é o criador que descansa de toda obra que fizera. No dia do repouso, o Criador também se recolhe novamente a si, o que não significa um retorno a existência eterna anterior à criação do mundo e das pessoas, mas deixa de criar e, junto com a sua criação, descansa e a contempla”. (texto base da campanha da fraternidade/2011 –nº 122).

“Podemos dizer que Deus, não somente descansa de sua criação, mas que este descanso se dá em sua obra, que está diante dele, e Ele presente nela”. (texto base da campanha da fraternidade/2011 –nº 123 parte). “O próprio Deus mostra o repouso como exigência para a vida humana e para a natureza, quando estabelece o ano sabático e o ano jubilar (cf. Lv 25,1-22): o descanso deve ser respeitado não apenas para o ser humano, mas também para toda a natureza. Sem descanso, não pode haver nem sequer vida natural de qualidade”. (texto base da campanha da fraternidade/2011 –nº 125).

“Nós cristãos entendemos que o sentido original do dia festivo está na celebração da ressurreição de Jesus, fato primordial sobre o qual se apoia a nossa fé. O domingo cristão deve ser visto como a expansão messiânica do sábado de Israel. O domingo, dia festivo cristão, entendido e vivido como o “dia do Senhor”, não somente antecipa o descanso do final dos tempos, mas indica o início da nova criação”. (texto base da campanha da fraternidade/2011 –nº 126).

“Segundo a concepção cristã, a nova criação começa com a ressurreição de Cristo. O jardim da ressurreição é o novo jardim do Éden, o lugar da recriação. O casal humano se reencontra num universo que não é o túmulo, mas o jardim, lugar da vida e não da morte. Se o sábado de Israel permite olhar em retrospectiva para as obras da criação de Deus e para o próprio trabalho das pessoas, a festa da ressurreição olha para frente, para o futuro da nova criação. Se o sábado de Israel permite participar do descanso de Deus, a festa cristã da ressurreição permite participar da força que opera a recriação do mundo.

Se o sábado de Israel é primordialmente um dia de reflexão e de agradecimento, a festa cristã da ressurreição é primordialmente um dia de início e de esperança”. (texto base da campanha da fraternidade/2011 –nº 127).

“Este mundo sem o descanso de Deus, de sua presença, corre o risco de se converter em fábricas que poluem e de homens e mulheres que atuam em um mercado de trabalho gerador mais de morte, que de vida propriamente”. (texto base da campanha da fraternidade/2011 –nº 129 parte).

Fonte: Dom Anuar Battisti Arcebispo de Maringa - PR