SOBRE O BATISMO

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SOBRE O BATISMO

ZPIBATISM

Pergunta:

Gostaria de saber mais sobre o Batismo. Porque somos batizados ainda crianças?

Resposta:

CIC - $ 1213 – O santo Batismo é o fundamento de toda vida cristã, o pórtico da vida no Espírito (vitae spiritualis ianua) e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tonando-nos membros de Cristo, e somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão.

Cân. 851 – A celebração do batismo deve ser devidamente preparada; assim: 2º - Os pais da criança a ser batizada, e também os que vão assumir o encargo de padrinhos, sejam convenientemente instruídos sobre o significado desse sacramento e as obrigações dele decorrentes; o pároco, por si ou por outros, cuide que os pais sejam devidamente instruídos por meio de exortações pastorais, e também mediante a oração comunitária reunindo mais famílias, e quando possível, visitando-as.

Cân. 855 – Cuidem os pais, padrinhos e pároco que não se imponham nomes alheios ao senso cristão.

Cân. 864 – É capaz de receber o batismo toda pessoa ainda não batizada, e somente ela.

Cân. 867 

1. Os pais têm a obrigação de cuidar que as crianças sejam batizadas dentro das primeiras semanas; logo após o nascimento, ou mesmo antes, dirijam-se ao pároco a fim de pedir o sacramento para o filho e ser devidamente preparado para eles. 

2. Se a criança estiver em perigo de morte, seja batizada sem demora.

Cân. 868 - 

1. Para que a criança seja licitamente batizada, é necessário que: 1º Os pais, ou ao menos um deles ou quem legitimamente faz as suas vezes consintam; 2º haja fundamentada esperança de que será educada na religião católica; se essa esperança faltar de todo, o batismo seja adiado segundo as prescrições do direito particular, avisando-se aos pais sobre o motivo.

2. Em perigo de morte, a criança filha de pais católicos, e mesmo não-católicos, é licitamente batizada mesmo contra a vontade dos pais.

Cân. 872 – Ao batizando, enquanto possível, seja dado um padrinho, a quem cabe acompanhar o batizando adulto na iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao batismo o batizando criança. Cabe também a ele ajudar que o batizado leve uma vida de acordo com o batismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes.

Cân. 874 – Para que alguém seja admitido para assumir o cargo de padrinho, é necessário que:

1º seja designado pelo próprio batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;

2º Tenha completa dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenho sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exceção por justa causa;

3º Seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de a acordo com a fé e o encargo que vai assumir; ................ entre outras.

Cân. 877 

2. Tratando-se de filhos de mãe não – casada, deve-se consignar o nome da mãe, se consta publicamente sua maternidade ou ela o pede espontaneamente por escrito perante duas testemunhas; deve-se também inscrever o nome do pai, se sua paternidade se comprova por algum documento público ou por declaração dele, feita perante o pároco e duas testemunhas.

Além de toda explicação doutrinária acima esclarecemos que todo homem já nasce com o “pecado original” e embora a criança não tenha pecados cometidos por livre vontade somos herdeiros do pecado original e em nossa essência trazemos essa marca que se desfaz com o Sacramento do Batismo que nos insere na Igreja como filhos de Deus. Mas vejamos um pouco mais sobre este Sacramento através do que nos escreve o Pe. Alberto Gambarini:

Batismo 

– O que é o Batismo?

É o sacramento do nosso nascimento espiritual, no qual pelo poder do Espírito Santo recebemos a vida nova em Cristo: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no reino de Deus (Jo 3,5). O Senhor fala do novo nascimento e usa uma figura bíblica muito forte: a água.

Esta associação de água e Espírito desde o início da Igreja foi ensinada como sendo o batismo cristão. Nestas palavras Jesus confirma a profecia de João Batista: “Eu não o conhecia, mas aquele que me mandou batizar em água disse-me: Sobre quem vires descer e repousar o Espírito, este é quem batiza no Espírito Santo” (Jo 1,33) 13

– Porque é necessário o batismo?

O batismo é a porta de entrada para a vida com Deus , para todos os que aceitam a pregação do Evangelho e desejam ser salvos: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16, 15-16) 14

– Quais os principais efeitos do batismo?

Pelo batismo somos introduzidos no mistério pascoal de Cristo: mortos com Ele, sepultados com Ele, com Ele ressuscitados.

Deste modo:

- Recebemos os efeitos do poder da cruz: “Fomos, pois, sepultados com Ele na sua morte pelo batismo, para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova” (Rm 6,4)

- Somos enxertados em Cristo Jesus, o Filho único de Deus, recebemos a condição de filhos de Deus: “... Deus enviou seu Filho... a fim de remir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a sua adoção”. (Gl 4,4.5)

- Tornamo-nos templos do Espírito Santo e membros da Igreja: “Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo...” (Icor 12,13) 15

– Qual a validade do batismo de crianças?

O costume de batizar crianças nunca foi considerado pelos primeiros cristãos uma exceção. Ao contrário, foi defendido como “uma tradição recebida dos apóstolos”, como explicou Orígenes no século III, e mais tarde Santo Agostinho.

O livro dos Atos dos Apóstolos apresenta o batismo de famílias inteiras: Cornélio e toda a sua família (10,2); Lídia e os de sua casa (16,15); o carcereiro de Paulo e Silas (16, 31 – 33); e Crispo (18,8); em cada uma destas famílias com certeza existiam crianças, e não é dito que tenham sido excluídas.

Na igreja primitiva o batismo de crianças não era visto como uma invocação ou distorção.

Santo Irineu, que combateu fortemente as heresias no século II, considerava óbvio as crianças serem batizadas, pois Cristo veio para salvar “ a todos os que renascem em Deus; bebês, crianças, adolescentes, adultos e anciãos...” (Adv.Haer 2,22).

Na Tradição Apostólica de Santo Hipólito, uma descrição do ritual do batismo no século III, lemos: “Batizar-se-ão em primeiro lugar as crianças: os que podem falar, falem; por aqueles que não podem falar, falem sues pais ou algum outro de sua família “. (n. 21).

No século IV, encontramos inúmeros defensores do batismo de crianças, entre os quais Santo Agostinho que dirá: “O batismo de crianças é um costume da Madre Igreja” (De Gen. Ad litteram 10, 23,59).

Como vemos, desde o início da Igreja foi praticado o batismo de crianças.

Quem tem mais crédito: aqueles que participaram da formação da doutrina cristã, ou aqueles que a partir de seus pontos de vista tentam interpretar algo que modifica o que vem das origens do cristianismo?

Evidentemente os que estiveram mais próximos das origens da formação da doutrina cristã, e que por meio da Igreja a transmitiram a todas as gerações cristãs.

 

Fontes de Pesquisa:

Livro: “Em que Cremos – Doutrina Católica e Bíblia

– Autor: Pe. Alberto Luiz Gambarini – 5ª Edição

– Edições Loyola;

Catecismo da Igreja Católica e Código de Direito Canônico;